Rio de Janeiro – Uma bomba caiu no mundo do futebol brasileiro nesta segunda-feira (15). A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato e fraude esportiva, em meio a uma investigação que envolve manipulação de resultados e apostas ilegais. Além do camisa 27 rubro-negro, outras 10 pessoas também foram indiciadas no caso.
Segundo informações obtidas com exclusividade, os agentes da PF apreenderam o celular do irmão de Bruno Henrique, onde encontraram mensagens que colocam o jogador no centro de um esquema de apostas suspeito. A investigação aponta que o atacante teria participado diretamente de uma armação para receber um cartão amarelo intencionalmente durante a partida entre Flamengo e Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.


A análise feita pela perícia incluiu 3.989 conversas do WhatsApp atribuídas a Bruno Henrique. Apesar de muitas delas estarem apagadas, o que levantou suspeitas de tentativa de ocultação de provas, o conteúdo salvo no aparelho do irmão do jogador foi decisivo. Nele, os investigadores encontraram diálogos que sugerem envolvimento direto do atleta com manipulação de resultados e apostas relacionadas, inclusive, a corridas de cavalo.
Em uma das conversas, o atacante menciona a necessidade de investir “R$ 10 mil todo final de semana” em apostas, o que reforça a linha de investigação da PF sobre a existência de um esquema profissional de fraudes com fins lucrativos no esporte.
O Flamengo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas o clima na Gávea é de apreensão. Internamente, a diretoria monitora a situação com cautela e aguarda o desdobramento das investigações antes de tomar qualquer medida em relação ao atleta.
Este é mais um capítulo sombrio na relação entre futebol e casas de apostas, que vem sendo alvo de operações em todo o país. A torcida rubro-negra agora aguarda por respostas – e o futuro de Bruno Henrique no clube está mais incerto do que nunca.




