A Sociedade Esportiva Palmeiras divulgou nesta sexta-feira (27) uma nota oficial com duras críticas à atual gestão do Clube de Regatas do Flamengo, após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, por meio de liminar, bloqueou o repasse de R$ 77 milhões referente a uma das parcelas do contrato firmado entre a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a TV Globo pelos direitos do pay-per-view.
De acordo com o clube paulista, a medida adotada pelo Flamengo representa uma atitude “predatória e torpe”, com o objetivo de “asfixiar financeiramente” as demais equipes integrantes do bloco, algumas delas em situação delicada, para “subjugá-las e extrair ainda mais benefícios individuais”.
Clubes da Libra:Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos, Vitória; Paysandu, Remo; ABC, Guarani e Sampaio Corrêa
O Palmeiras ressaltou ainda que tem legitimidade para se manifestar sobre o tema. Segundo o comunicado, embora a equipe alviverde pudesse ser beneficiada diretamente caso a mudança proposta pelo clube carioca fosse aprovada, o foco da sua atuação está voltado ao crescimento coletivo do futebol brasileiro.
“O Palmeiras compreende que não joga sozinho e, por isso, defende o crescimento coletivo do futebol brasileiro”, destacou o clube na nota.
A nota também criticou a postura “prepotente e dolosa” da diretoria rubro-negra, recordando que o mesmo grupo político se recusou a assinar, no início do ano, o manifesto da Libra que cobrava providências no combate ao racismo nos gramados sul-americanos.
O clube palestrino reforçou seu compromisso com a construção de “um futuro sustentável para todos” e afirmou confiar que a Justiça “perceberá as reais intenções” por trás da ação do Flamengo, restabelecendo a legalidade do acordo entre a Liga e a emissora.
“Clube brasileiro com mais títulos nacionais, o Palmeiras trabalha pela construção de um futuro sustentável para todos”, finalizou a nota.
O impasse aprofunda a tensão entre dois dos principais clubes do país no processo de formação da Libra e reacende o debate sobre a divisão de receitas e o modelo de governança no futebol brasileiro.




